Acordei num sobressalto
Da testa o suor gelado escorria
Lembrava daquela mulher no sonho
Ela fechou todos os cercos e por mais que eu gritasse
Pessoas, do lado de fora, não ouviam
Ou fingiam não ouvir
Me apertava a garganta e no desespero por ar
Me dava seu fôlego num beijo
Me deixava confusa parecendo me amar
Devorava aos poucos
E sentia prazer em cada palmo de mim
Umas partes degustava, cheirava
Outras jogava aos cães
Meteu a mão entre minhas costelas, sentiu acelerar
Quando puxou-o de dentro disse “esse não”
Riu do meu choro me chamou de fraca
Arrancou meus olhos
Acordei na escuridão.
Puxei o travesseiro do lado
Enxuguei o suor
Abracei apertado de
nostalgia
Por ter sonhado com o que antes pensava ser amor
Um comentário:
Pesado... Mas continuas escrevendo cada vez melhor.
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