Marcadores

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Acordei num sobressalto
Da testa o suor gelado escorria
Lembrava daquela mulher no sonho

Ela fechou todos os cercos e por mais que eu gritasse
Pessoas, do lado de fora, não ouviam
Ou fingiam não ouvir
Me apertava a garganta e no desespero por ar
Me dava seu fôlego num beijo
Me deixava confusa parecendo me amar

Devorava aos poucos
E sentia prazer em cada palmo de mim
Umas partes degustava, cheirava
Outras jogava aos cães
Meteu a mão entre minhas costelas, sentiu acelerar
Quando puxou-o de dentro disse “esse não”
Riu do meu choro me chamou de fraca
Arrancou meus olhos
Acordei na escuridão.

Puxei o travesseiro do lado
Enxuguei o suor
Abracei  apertado de nostalgia
Por ter sonhado com o que antes pensava ser amor

2 comentários:

[4C1D_P!NK] disse...

Pesado... Mas continuas escrevendo cada vez melhor.

Leonardo Bergonci disse...

lindo do jeito que é , que foi , e agora, assim, sempre será .