Tenho uma pra contar, daquelas do Jonas:
Ele chegou em mim com uma régua de 20cm e apontou no 5 dizendo:
-Mãe, minha idade tá aqui, e a tua?
- ... é... Filho, busca a trena do teu pai...
-Bãi, tu é tão velhinha assim???
-É, mais ou menos…
-Ah, mas pra mim tu é uma guriazinha com a idade aqui...
(o dedinho tava no dez...)
Acho que fui, sim; moleca que corria com as sandálias enfiadas nas mãos; rindo de ar inocente, olhos de esperança, mãos de amor.
Mas então vieram os talões de cheque, os desperta-as-dores e os estacionamentos de cinco reais à primeira hora. E foi tudo tão rápido – e pior, tudo tão desavisado – que as tais rugas de expressão cresceram para a chacota óbvia ao bordão
“cultive a criança que existe em você”.
2 comentários:
(o dedinho tava no dez...)
Que fofo!
Acho que sou incapaz de ser uma boa crítica. Quando é ruim é ruim e só. Não me da tesão de ler. Quando é bom, eu entro na coisa e não consigo sair.
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