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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tinha os cabelos revoltos como os sentimentos
Indomáveis por vezes
Tomava as cores e formas do que carregava por dentro

Tinha os olhos fugidios como os pés
E as horas da madrugada
Sempre avançando quando lhe pediam pra ficar

Tinha o coração como albergue
Aberto à gente de todo tipo e lugar
Tinha os gestos e as palavras contidos
Incoerentes com a fera que parecia ser

Mas no sexo era doce
E isto era sempre pouco para quem a tomava
Enquanto a amavam
Olhava pela janela
Era apaixonada pelo mundo
E este não cabia em nenhuma cama

2 comentários:

Anônimo disse...

mas este poema merece um comentário!

Felipe Amorim disse...

:D

Você é uma descoberta, garota. Muito muuito bom.

Definitivamente me fez bem vir aqui.