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domingo, 9 de novembro de 2008


Me disseram que solidão é sina e é pra sempre.

Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho.

Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região.

No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança

do hálito quente do outro. A voz, o viço.

Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,

expulsar de mim essa senhora ciumenta.

Madona sedenta de versos. Mas tive medo.

Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito.



(Viviane Mosé -







Poemas do livro Pensamento do Chão, poemas em prosa e verso. Reproduzidos sob autorização da autora.)

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