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quinta-feira, 19 de junho de 2008


Tenho sentido coisas sem nome

Quando leio entrelinhas de alguém distante
Que se confirma comigo nos momentos mais inesperados
Numa saudade velada das carícias que não trocamos

Não há dor, e é bom...
Mas é como se, numa fração, assim de repente
tomasse um soco,
no meio da multidão
ou enquanto dormia, que me fizesse acordar
ou no meio de uma música, de olhos fechados
bem na boca do estômago
sem nem ter visto de quem ou o porquê

E fico segundos, rendida, sentindo
Tentando entender

Como se chama esse prazer
(de sentir-se nocauteada?)?

Eu falei que não tinha nome...

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