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domingo, 8 de junho de 2008

Eu olho pela janela,

Eu olho pela janela,
e tudo passa tão rápido e é quase sempre cíclico.

Hoje eu sou uma constante tosse que anda, com sono, um pé após o outro- não é assim que tem que ser?

Exausta. Desta patética inércia que me prende à cama apesar do despertador. Das perguntas fúteis, das bolsas que roçam, das contas não pagas, da falta de freio. Da timidez que me foge ao comando. Dos gerúndios quase poéticos.... das reticências.
Dos falsos cumprimentos e das impertinentes expectativas. Das pertinentes expectativas.
Das portas do elevador que teimam em fechar antes de mim; sempre atrasada, sempre correndo sem mesmo saber o fim.
O sono me vive, eu vivo com sono; e os dias são sucessivos... PS´s; Post Scriptum, , Pronto-Socorro. ..

E, à noite, poucas palavras, nenhum som. E tanta escrita.

Canso-me pela divergência, pelo ritmo que me inquieta, pelas histórias que não.
E tudo passa tão rápido e é quase sempre cíclico. E eu, olho pela janela.

Eu cansei de não saber pra quem falar; de não saber o quê.
Eu cansei de ter tudo, e não ter nada, não saber por quê.
Eu não quero mais tremer de medo, eu não quero mais me ouvir chorar baixinho.
Eu não quero mais tentar me abraçar à noite. Chega de travesseiro molhado, chega de vazio sufocante e mágoa não-sei-de-quê.
De resto, não tenho mais nada a perder; só este eterno engasgo sem nome e sem forma.
Prefiro, então, a ausência. O não-estar e o não-ser não podem ser menos confortáveis que isso.

2 comentários:

[P!NK_THAT] disse...

Eu vou viciar no teu blog... mas o comentário que quero fazer dele eu faço ao vivo... [e não me chama de sádica hauhauah]
Beijos

Unknown disse...

Gostei muitooo do título de um blog da pessoa que comentou aqui antes de mim:
"É difícil amar alguém e não poder fazê-la feliz"
heheheh... é a vida!!