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quarta-feira, 19 de março de 2014

Entre um cigarro e uma fresta de desespero, eu escolho a palavra. Tenho raiva de dores que me calam fundo. Filha de Iansã dos Ventos, eu mudo a direção das chuvas se pretendo outro tempo ou momento. Meu corpo é cais e mar aberto. Meu coração é caos, céu encoberto. Minha mente, esse relâmpago de luz. A escolha é sempre extrema: não me comovem tuas palavras tão amenas. Então que minha sede traga tempestades e que meus seios incitem teus maiores incêndios. Não gosto de superfícies ilesas, eu busco o de dentro. Posso transformar tristeza em raiva pra sentir mais força. Posso afogar minha doçura num rio de águas tão enjoativas. Mas sei reverenciar o mar que temo.

E quando eu te tiver nos braços, me escuta: você terá a realidade dos teus sonhos.

Não pretenda minha fúria, queira-me mansa. Não pretenda minha mansidão, queira-me intensa. Perceba quando eu digo um sim dentro de um não.

E quando eu te tiver nos braços, me escuta: só te restará a escolha entre a tempestade e o furacão.

E quando eu te tiver nos braços, me escuta: você terá a realidade dos teus sonhos. 
Não pretenda minha fúria, queira-me mansa. Não pretenda minha mansidão, queira-me intensa. Perceba quando eu digo um sim dentro de um não.
E quando eu te tiver nos braços, me escuta: só te restará a escolha entre a tempestade e o furacão.


(Marla de Queiroz, escritora e mulher que admiro, com todos as qualidades doidas e doídas de ser uma e outra ao mesmo tempo. Para saber mais e mergulhar no universo dela como eu fiz, acesse http://doidademarluquices.blogspot.com.br/)



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