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quarta-feira, 23 de julho de 2008


...eu te remonto nas palavras
nos pedaços que colhi no meu colchão
em noites mal dormidas
sobre livros folheados à procura
de sinônimos em versos
que dissessem de mim, de você...

Você, nas reticências
No silêncio das veias
Nos olhares escapados em frestas
Do que não dissemos
Depois do teu abraço
Longas e cúmplices horas


Mãos que se dão de presente
Em dedos que se entrelaçam
E correm perdidos
Os riscos da pele
Olhos que faíscam pistas
Do plano que não tivemos coragem

Descubro aos poucos
Tua verdadeira imagem
-apaixonante curiosidade –
mas ainda restam tantas peças...
Em qual delas vou estar?
Em qual delas és miragem?

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