Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-iris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
(António Ramos Rosa, "viagem através de uma nebulosa", 1960)
Numa desta noites de sarau a dois, um amigo me deixou isto:

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