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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Véspera

Não há nada mais inquietante
Do que a véspera
A suposta possibilidade de se ser feliz
A provável ventura de um amor encontrado

Não se sente nada mais profundo
Do que a véspera
Ao imaginar o futuro
Toque dos sentimentos derrotados

Não há nada mais calmante
Do que a certeza da véspera
Aquela que vem antes do tão sonhado
Encontro do outro dia

Não há nada de mais
Na véspera não ansiada
Do que já é realidade
Sagaz essa felicidade
De estar sempre à espera por viver

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