Fim de semana cult sem bebedeira...
...que ressaca isso dá! Espetáculos teatrais sexta, sábado e domingo. Só agora to me aprumando...
Poderia me perder aqui escrevendo o que pensei anotar na memória enquanto assistia, mas vou dar o resumo da ópera. Algumas considerações:
Sexta, na mais fina companhia, fui assistir finalmente o badalado Imembuí, espetáculo musical que conta a fantástica história de amor de uma índia e um forasteiro que deram origem a essa aldeia chamada Santa Maria. Tenho lá minhas dúvidas sobre a verossimilhança da romântica história. Tenho minhas dúvidas sobre o espetáculo. Saí cheia de dúvidas! Quem era o velhinho vestido de soldadinho de chumbo que recitava em playback??? Por que o índios eram afros e dançavam street dance com roupas de funk? Por que quem se caracterizava de índio tendia a vestir-se de moita? Gente,eram uns arbustos!Por que o narrador pilchado usava microfone de haste auricular e a cantora que representava Imembuí fazia trejeitos de cantora de barzinho segurando um baita microfone? (Faço aqui uma ressalva à Débora Rosa, de talento incontestável)
O melhor, e impecável, sem dúvida fui o instrumental ao vivo, bravo meninos!
Sábado fui assistir finalmente Aline Maciel em seu monólogo, uma adaptação do conto de Jorge Amado: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.
Linda apresentação, cujo intuito é o resgate da arte de contar histórias. Ao final pude participar do debate que se deu após o comentário da comissão julgadora.
Confirmou-se o que sempre falo: mais que talento, é preciso que a atriz tenha graça (no sentido mais virtuoso e menos raso da palavra)!
Fui ao teatro sozinha, mas tive sensação de plenitude, ainda mais quando os personagens tomavam forma dentro de mim e um cenário surgia à volta da contadora.
Se dependesse da minha nota como júri popular, teria eleito!
Aliás, esse esquema do FETISM de debate e júri popular ficou ótimo!
Domingo fui assistir minha ex e futura professora de Técnicas de Representação, Taís Ferreira em Platero e Eu.
De cara pensei “não devia ter trazido meu filho”. Muito interessante o trabalho de pesquisa também em cima da arte medieval de contar histórias.
Mas... saí da peça com uma certeza (ao contrário de sexta) :
prefiro os gestos sutis, que falam tanto mais.
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