Eu perco horas
correndo para não perder.
Eu perco a linha,
a hora certa de me recolher.
E a hora de acordar,
claro, eu perco também.
A absolvição é outra;
durmo antes de dizer amém
.A paciência, acredite,
essa eu já perdi faz tempo.
E até já perdi o freio
de um carro que perdi batendo.
Perdi o fio da meada
pelos motivos de sempre.
Perdi o memorizado
pois guardei-o inteiro na mente.
O que podia não foi;
patética vergonha de agir.
Perdi-a assim, adeus;
resta-me, tolo, sonhar e pedir.
Agora ando andando assim,
andando a esmo.
Sou inércia,
perco-me em mim mesmo.
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